quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Nunca gostei de mim...

Quando tinha 13 anos, meus pais se separaram. Me achava a pior pessoa do mundo, pois tinha certeza que os atrapalhava de alguma forma. Eles sempre discutiam por causa da minha educação, que sempre foi bem rígida. Meus pais nunca se preocuparam em saber o que eu queria, simplesmente decidiam tudo!
Meu pai sempre brigava comigo... Dizia que eu e minha mãe éramos sujas por sermos descendentes de índios, estranho, mas ele era racista, sempre me achou ruim e asquerosa.
Tristeza não existia para mim, nem depressão, era apenas um ódio de mim mesma... Comecei a acreditar nas coisas que meu pai dizia. Nunca tive coragem de me suicidar por saber que tinham muitas pessoas que gostavam de mim e que sofreriam se me matasse, então encontrei uma alternativa... Comecei a me torturar.
Um dia, num acesso de fúria joguei um copo no chão e fui atingida por alguns cacos enquanto os recolhia. Os cortes foram acidentais, mas na hora senti uma paz, como se estivesse relaxando, toda a raiva passou naquele instante. Eu era daquelas que gritava e quebrava as coisas em casa, mas depois daquele dia, passei a me ferir para aliviar e fazia tão automaticamente que, quando percebia, estava toda cortada! Cortava a barriga, as costas e sempre procurava um lugar novo para me cortar, principalmente onde saia mais sangue! Queria me auto destruir.



Já usei lâmina de barbear, mas prefiro me mutilar com faças, aquelas lisas estilo punhal mesmo, sem serras e sim com lâminas dos dois lados. Nunca fiz isso fora de casa, e jamais limpei o sangue no mesmo dia, gostava de ver escorrer até meu sono chegar. Quando acordava no dia seguinte, limpava todo o sangue seco.
Depois da separação, eu moro apenas com minha mãe. Para explicar as marcas, eu dizia que apanhava na escola. Ela chorou muito com uma amiga por preocupação de ter que me levar até a escola. Ela ainda não sabe a verdade, acredita que brigo muito e ponto.
Claro que tento esconder os cortes, uso pulseiras, braceletes, munhequeira ou mangas longas. Numa das vezes, fiz um corte tão fundo que quase fiquei sem os movimentos das mãos e mesmo assim escondi, deixei o corte curar sozinho, sofrendo com a dor sem conseguir pegar nada. Demorou uns três meses para sarar. Sorte que minha mãe nunca fica em casa, então consegui esconder numa boa. Se ela ficasse mais em casa eu não faria os cortes, mas eu não a culpo. Se eles ainda estivessem juntos eu teria me matado... A situação e as brigas eram insuportáveis! Não havia mais respeito, eu sou filha única e entrava no meio ou ia para o meu quarto me aliviar.
A última vez foi há seis meses, quando comecei a namorar. Tudo melhorou muito desde então, pois, no meu último namoro, fui traída e me sentia desprezada novamente, então me torturava. Me sinto bem só com isso. Meu atual namorado me ajuda, presta atenção em mim, se importa comigo e me dá muito mais valor do que eu imaginava que ele daria. Meus pais me aceitam mais hoje e me dão mais atenção. O comportamento das pessoas ao meu redor está mudando e isso está me ajudando a evoluir.
Eu tinha muito ódio das pessoas, achava que todas iriam me machucar e decidi ser indiferente a elas. Tenho amizade com pessoas determinadas e mantenho um convívio social estável, mas superficial, sem maiores intimidades. As pessoas são mais amigas minhas do que eu delas, afinal uma hora ou outra serei magoada, então simplesmente não me importo.



Hoje não ligo para o que as pessoas pensam de mim, a faculdade me ajudou nisso. Amadureci e tenho minha opinião própria, sei das conseqüências dos meus atos.
Se pudesse voltar no tempo, faria tudo igual ou pior ainda... Só me cortando a primeira vez consegui ver o quanto aquilo era bom para mim. Se tivesse coragem teria mesmo me matado. O fato de a minha mãe me amar já me bastava para continuar viva.
Não conto para ninguém por saber que não serei compreendida, todos pensarão que eu sou louca e devo procurar um psicólogo, uma religião ou seita.
Invejo os que conseguiram tirar a própria vida, mas ao mesmo tempo tenho pena pela covardia de não terem enfrentado a realidade.
Sabe, eu fui criada para me preocupar com o que os outros pensam. Aparência era tudo. Atualmente não estou nem ai para o que os outros pensam de mim. Vivo apenas para o meu prazer e satisfação. Não quero mudar nunca, achei um estilo de vida que me faz bem!
Não estou nem ai para a vida. Todos irão morrer mesmo e, quanto mais rápido, melhor!

Depoimento de L. 22 anos, estudante.


Edição:
Adriane Souza

Créditos de Fotografia:
1- Flickr de H.P.N.
2- Mariana Sugahara

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

E o Beijo?



Existem muitas histórias para a origem do beijo na boca. Uma das versões diz que há muito tempo, em Roma, quando os homens precisavam controlar o consumo de vinho, beijavam suas mulheres para descobrir se elas tinham bebido. Alguns afirmam que o beijar alguém nos lábios surgiu nas regiões frias, onde os homens costumavam sentarem-se próximos uns dos outros e soprar dentro das narinas e das bocas para esquentar. Há muitas versões para o surgimento deste tipo de beijo. O mais importante é lembrar que a arte de beijar foi se expandindo, desde a antiguidade e persiste até hoje.

Vamos deixar as historias e lendas de lado e vamos falar do que interessa.

Quem nunca ficou preocupado com aquela história de “primeiro beijo”?
Aquela expectativa e friozinho na barriga são sentidos por todos que estão prestes a passar por este grande momento.

A tensão para algo marcante na vida das pessoas é normal. Com o primeiro beijo, não poderia ser diferente. Os principais pensamentos são: Como é que eu devo fazer? Como está o meu hálito? Será que ele / ela vai gostar?

Beijar ou receber um beijo é uma das coisas mais gostosa existentes na vida do homem. É importante levar em consideração o momento do primeiro beijo, de preferência ser com uma pessoa muito especial, um lugar favorável e sem pressão de ninguém... Tudo isso faz deste momento, uma coisa inesquecível.



Beijar alguém pela primeira vez pode ser muito bom para alguns, indiferente para outros. Têm aqueles que acharam o primeiro beijo uma coisa “horrível”. Todas estas opiniões variam de acordo com o que cada um imaginou que aconteceria naquela hora, afinal a realidade pode ser dura!

Um caso é o de Jackson Godoy de18 anos. “O meu primeiro beijo foi com 11 ou 12 anos, não me lembro. Para mim foi normal, era muito novo, não entendia o que era o amor, então não tinha aquela história de romantismo. Mas estava muito nervoso”, lembra.

E em outros relatos:

“Foi interessante, como uma presente, uma gratidão, uma atração de uma mulher de 1m70 por um gordinho complexado de 14 anos”.
(Dyego Bendasoli)

“Eu tinha uns 14 anos e ela uns 16. Bom, posso dizer que foi mágico e bem inocente sabe, tipo bem apaixonado e com nenhum apetite sexual... Acho que foi isso!”
(Cláudio Ubilla)

“Alguns meninos pediam pra ficar comigo, mas eu adiava por medo. Quando eu menos esperava, um garoto que eu achava lindo queria me beijar. Pensei: seja o que Deus quiser. Foi tudo muito natural e deu tudo certo”.
(Bruna Lagreca)

”Acho que foi com 16. Foi mágico, uma descoberta. Foi gostoso. Excitante”
(João)

“Foi com 12 anos. Adorei. Tive um frio na barriga. Mas a menina que beijei também era o primeiro beijo dela. Foi uma coisa natural. Sem malicia.”
(Greidson Camargo)

“O meu primeiro beijo foi no meu aniversário de 13 anos. Foi horrível. Que presente”.
(Jaqueline Santos)

“Eu beijei com 5 anos. A garota e eu olhamos no relógio e dissemos que iríamos parar de beijar quando o ‘ponteirão’ passasse pelo número 12 por duas vezes. Foi engraçado.”
(Thiago S. Fernandes)

Com tantas lembranças negativas sobre o primeiro beijo pode assustar quem nunca beijou. Para dar tudo certo, vale relaxar e deixar as tensões de lado e curtir cada momento.

E você que já passou por esta experiência, certamente as lembranças invadiram a sua mente. Foi bom, ruim? Lembra-se?


Compartilhe conosco, conte!!

E um beijo para todos!


Texto de Lígia Martins
Edição de Adriane Souza
Imagens cedidas pelo site DrPepper (postagens Taradinho na Infância)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Extra! Extra!

Nesta segunda-feira, 19 de outubro, você terá em mãos uma nova edição de O Arauto. Está bem interessante!



Iremos apresentar um debate sobre esse tema delicado, o Suicídio. Você irá conhecer um pouco mais sobre o assunto e se deparar com um depoimento comovente.

Um assunto muito presente nas universidades é o tão falado Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, o Enade. Entenda o que é e como alguns universitários enfrentaram este desafio.

"Quantas cervejas valem uma DP?". Na Vida Universitária, o que os estudantes pensam sobre a relação estudar X extravasar.

A repórter Jéssica Bonatti, que saltou de paraquedas em Boituva, conta quais as sensações e como é o mundo desse esporte radical e caro.

Pedalar faz bem para a saúde do ciclista e para o mundo, já que é um transporte ecologicamente correto. Mostramos como é recomendável o mundo das bicicletas e como as ciclovias ganham cada vez mais espaço nas cidades.



O professor Agnelo Fedel conta um pouco de sua paixão por gibis em "Memórias de um Colecionador de Quadrinhos”.

Ainda: 'Da Mesa do Redator', "Acontece na FCA". No Jornal do Ceunsp, tudo o que rolou/brilhou no Miss Salto e uma radiografia dos cursos da Encead, faculdade que mantém cursos de Arquitetura e Engenharia.




Créditos de Fotografia:
1- Laura.
2- Gabriela Pizani Barral

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Mente Publicitária

A área da publicidade é responsável pela propagação de ideias através da criação, planejamento, produção e veiculação de campanhas.
Portanto, a mente do publicitário é o limite do seu trabalho... As ideias são seu alicerce.
Os universitários de Publicidade e Propaganda, da Faculdade de Comunicação e Artes, são responsáveis pela disseminação de diversos trabalhos gerados pela Agência Experimental de Comunicação e Artes, com imagens e frases de impacto.
Mas, quais são as frases que pairam pela mente destes profissionais em formação? Grandes propagandas? Músicas? Frases incoerentes?
Quer mesmo saber?

Então confira:




“Ainda bem que temos problemas e a vida não é fácil, pois as coisas fáceis não têm valor”.
(Mary Ellen Carneiro – 2º semestre)


“Apensar de tudo, o céu continua azul...apenas de, na verdade, ele ser vermelho”.
(Júnia Noronha – 2º semestre)


“Bom mesmo é problema na cabeça, sorriso no rosto e paz no coração”.
(Daiane Ribeiro – 2º semestre)


“Esperança é a última que morre”.
(Ana Letícia Valente – 2º semestre)


“Somos meros agentes propagadores de imposições midiáticas”.
(Francis Manolio – 4º semestre)


“Eu acho que quanto mais passamos por experiências frustrantes com pessoas próximas, mais entendemos que o “amai-vos uns aos outros” não é só um ensinamento religioso...é a única saída”.
(Dyego Bendassoli – 8º semestre)





E você...qual é a sua frase?




Edição:
Adriane Souza
Crédito Fotografia:
Ângela Trabachini